Copacabana

existem praias tão lindas, cheias de luz
nenhuma tem o encanto que tu possuis
tuas areias, teu céu tão lindo,
tuas sereias sempre sorrindo

Copacabana, princesinha do mar,
pelas manhãs tu és ávida a cantar
e à tardinha, o sol poente
deixa sempre uma saudade na gente

Copacabana, o mar, eterno cantor,
ao te beijar ficou perdido de amor
e hoje vivo a murmurar:
"só a ti, Copacabana, eu hei de amar"


© Associação Defensora de Direitos Artísticos e Fonomecânicos (ADDAF).


Nota:
   Música feita sob encomenda de Wallace Downey para o filme homônimo, devido a um mal-entendido acabou não sendo incluída na película.
   Segundo Alberto Ribeiro, Copacabana foi composta às pressas e sem maiores pretensões. A dupla aproveitou a melodia de seu foxcanção Era uma vez, lançado alguns anos antes e que não conseguira sucesso.
   A gravação aqui apresentada foi feita por um estreante em discos, na época: Famésio Dutra, conhecido artisticamente como Dick Farney. Ele tinha feito, até então, apenas quatro gravações de músicas americanas. Ao gravar Copacabana, Farney manteve a entonação de "crooner" de música popular norteamericana, acompanhado de grande orquestra de cordas e sem um pandeiro como marcação de ritmo. O resultado foi extraordinário e o samba, intérprete e acompanhamento passaram a constituir modelo de sofisticação para a música popular brasileira.
[Nova História da Música Popular Brasileira – João de Barro / Alberto Ribeiro , fascicolo + disco, Abril Cultural, seconda edizione, 1978]