Sinal fechado

Recital al Teatro Fonte da Saudade, Rio de Janeiro, ottobre 1973

Olá, como vai?
Eu vou indo, e você, tudo bem?
Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro. E você?
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono
Tranqüilo, quem sabe?
Quanto tempo.
Pois é, quanto tempo...
Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negócios...
Oh! Não tem de quê
Eu também só ando a cem
Quando é que você telefona?
Precisamos nos ver por aí
Pra semana, prometo, talvez
Nos vejamos quem sabe?
Quanto tempo...
Pois é, . quanto tempo...

Tanta coisa que eu tinha a dizer
Mas eu sumi na poeira das ruas
Eu também tenho algo a dizer
Mas me foge a lembrança
Por favor telefone, preciso beber
Alguma coisa rapidamente
Pra semana...
O sinal...
Eu procuro você...
Vai abrir, vai abrir...
Prometo, não esqueço
Por favor, não esqueça, não esqueça não esqueça
Adeus...


© Edições Musicais Helo Ltda.


Nota:
   Sinal fechado foi lançada no V Festival de Música Popular Brasileira da TV Record de São Paulo, em 1969, alçançando. o primeiro lugar. Durante as apresentações, a música foi muito vaiada, mas, ao mesmo tempo, foi a mais comentada e a mais discutida pelo público e pela critica. Paulinho fez Sinal fechado, segundo ele mesmo, baseado no que lhe diziam os vendedores de disco: que o público jovem não queria mais disco de samba.
   Depois de muita polêmica, que dividiu os críticos devido à linguagem (musical e do diálogo), Paulinho pôde explicar sua composição em entrevista ao Correio da Manhã, do Rio, em 24 de janeiro de 1970: "Sinal fechado é uma experiência nova que eu fiz. Mas a música não tem nada de novo. Não existe esse negócio que falam, de que ela abre caminhos. Apenas algumas pessoas, querendo justificar sua posição, me colocam como se eu tivesse rompido com uma série de coisas que eu estaria mantendo até então. Não é verdade, Sinal fechado veio naturalmente, é uma conseqüência do contato que tive com músicos mais recentes - Caetano, Gil, Chico e Edu - e com as diversas correntes da música brasileira, desde 1964, quando me meti nesse negócio. No mais, se eu tivesse usado um acompanhamento simples, Sinal fechado seria um samba-canção de caráter bem tradicional. O que fiz de novo foi utilizar o que Villa-Lobos fez há muito tempo - a inversão de certos acordes, deixando a prima do violão solta (...) É daí que vem o caráter impressionante de Sinal fechado. A letra fala do problema de comunicação. Aí, também, nada de novo".
[Nova História da Música Popular Brasileira - Paulinho da Viola , fascicolo + disco, Abril Cultural, seconda edizione, 1978]


Para saber mais, leia:
Olà, come va?
Non c'è male, ma tu come stai?
Tiro avanti; si gira si corre lo sai
II lavoro è lavoro, ma tu...
Me la cavo; sto ancora augurandomi
Un sonno tranquillo
Speriamo...
Quanto tempo
Ma sì, quanto tempo...

Scusami la fretta: è la legge di tutti gli affari

Ma figurati... devo correre anch'io...
Ma quand'è che telefoni?
Quando.. ci potremmo vedere, se vuoi
Ti prometto... nei prossimi giorni...
Senz'altro ti chiamo
Quanto tempo
Ma sì, quanto tempo...

Tante cose sentivo di dirti,
Ma anche allora dovevo partire...
Anche a me viene in mente qualcosa...
Ma chissà... lascia andare
Per favore telefona prima che puoi...
Devo correre a un appuntamento
Domattina...
Il semaforo...
Io ti cerco...
È già verde...
Ti prometto ci penso
Per favore... ci pensi?
Addio...
Addio...
Addio...


Testo italiano di Sergio Bardotti per l'album La voglia, la pazzia, l'incoscienza, l'allegria a nome di Ornella Vanoni, Vinicius e Toquinho.
© Ed. Intersong.