Uma Canção Desnaturada

Sueli CostaRio de Janeiro, 25/7/1943
  (voz)

músicos não especificados
Chiquinho de Moraes
  (arranjo)

Infelizmente, Duran e Vitória ficam sabendo que Teresinha, a filha única, a princesinha do lar, fugiu do lar para se casar com o esteliconatário, muambeiro e inimigo público nà 1, Max Overseas. Daí o casal amaldiçoa a filha com uma canção desnaturada.


Por que creceste, curuminha
Assim depressa, e estabanada
Saíste maquilada
Dentro do meu vestido
Se fosse permitido
Eu revertia o tempo
Pra reviver a tempo
De poder

Te ver as pernas bambas, curuminha
Batendo com a moleira
Te emporcalhando inteira
E eu te negar meu colo
Recuperar as noites, curuminha
Que atravessei em claro
Ignorar teu choro
E cuidar só de mim

Deixar-te arder em febre, curuminha
Cinquenta graus, tossir, bater o queixo
Vestir-te com desleixo
Tratar uma ama-seca
Quebrar tua boneca, curuminha
Raspar os teus cabelos
E ir te exibindo pelos
Botequins

Tornar azeite o leite
Do peito que mirraste
No chão que engatinhaste, salpicar
Mil cacos de vidro
Pelo cordão perdido
Te recolher pra sempre
À escuridão do ventre, curuminha
De onde não deverias
Nunca ter saído



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Sfortunatamente, Duran e Vitória vengono a sapere che Teresinha, l'unica figlia, la principessina del focolare , è scappata di casa per maritarsi con il reo di stellionato, contrabbandiere e nemico pubblico n. 1, Max Overseas. Pertanto la coppia maledice la figlia con una canzone snaturata


Perché sei cresciuta, mia bambina
Così rapidamente, disordinatamente
Sei uscita truccata
Con un mio vestito
Se fosse permesso
Invertirei il tempo
Per riviere in tempo
Per potere

Vederti con le gambe instabili, mia bambina
Sbattere con la testa
Sporcarti tutta
Ed io che ti nego il mio grembo
Recuperare le notti, bambina
Che ho passato in bianco
Ignorare il tuo pianto
E pensare solo a me

Lasciarti ardere dalla febbre, mia bambina
Cinquanta gradi, tosse, battere il mento
Vestirti senza cura
Affidarti ad una governante
Rompere la tua bambola, mia bambina
Spazzolarti i capelli
Ed esibirti
Nelle osterie

Trasformare il latte in olio
Del petto che hai prosciugato
Sul suolo in cui andavi a gattoni, spargere
Mille cocci di vetro
Sul cordone perduto
Accoglierti per sempre
Dall'oscurità del ventre, mia bambina
Da dove non avresti dovuto
Essere mai uscita



Traduzione di Bruno Persico
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La traduzione fa parte di un più ampio lavoro dal titolo Vita da malandro.