Asa branca

Quando olhei a terra ardendo
qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu
por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha,
nenhum pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado,
morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a Asa Branca
bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus Rosinha,
guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
se espaiá na plantação
Eu te asseguro,
não chores não, viu
Que eu voltarei, viu,
meu coração


© Associação Defensora dos Direitos Artísticos e Fonomecânicos (ADDAF).


Nota:
   A gravação original, de 3 de março de 1947, foi feita na RCA Victor pelo próprio Luiz Gonzaga.
   A asa-branca é uma espécie de pomba-rolinha que se reúne em março e abril para a desova, quando então é abatida em grandes quantidades e seca, para ser comida com farinha. Diz o folclore nordestino que ela (também chamada de "ribaçã") é a última a abandonar o sertão, quando chega a época da seca. Ao vôo derradeiro da asa-branca, segue-se o êxodo dos retirantes, desesperançados da chuva que não virá mais aquele ano. Foi em torno dessa saga que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira criaram uma música que se tornou clássica, com sua doce, estranha e triste melodia. A introdução instrumental é uma inteligente adaptação dos "intróitos" da viola caipira, passados para os registros agudos da sanfona (a introdução foi "inventada" por Lua). São inúmeras as gravações nacionais e estrangeiras desse popularíssimo baião.
[Nova História da Música Popular Brasileira –Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira , fascicolo + disco, Abril Cultural, seconda edizione, 1978]


Per saperne di più troverete degli approfondimenti nei link qui sotto:

100 CANÇÕES ESSENCIAIS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA dalla rivista BRAVO! nel suo numero speciale dedicato, appunto, alle 100 canzoni essenziali della MPB, pubblicato nel maggio 2008;

dalla stessa rivista una breve riflessione su Luiz Gonzaga: OS ACORDES DO SANFONEIRO
Tutto azzurro
Completamente blu
Sorrido, vivacchio
Fra un po’ vado al cinema
Nell’oscurità piango
E adoro la scena

Sono felice ad Ipanema
Mi ubriaco a Leblon
Tento di vedere sul tuo bel viso
Il lato buono

Com’è triste la tua bellezza
Che diventa bellezza anche in me
Viene dal tuo sole notturno
Che non ferisce ma non fa nemmeno bene

Tu arrivi ed esci e sparisci
Ed io ti amo così  tanto
Tanto solamente il tuo segreto
Ed altri cento
Com’è strana la natura
Morta di quelli che non provano dolore
Com’è sterile la certezza
Di chi vive senza amore


Nota:
   A gravação original, de 3 de março de 1947, foi feita na RCA Victor pelo próprio Luiz Gonzaga.
   A asa-branca é uma espécie de pomba-rolinha que se reúne em março e abril para a desova, quando então é abatida em grandes quantidades e seca, para ser comida com farinha. Diz o folclore nordestino que ela (também chamada de "ribaçã") é a última a abandonar o sertão, quando chega a época da seca. Ao vôo derradeiro da asa-branca, segue-se o êxodo dos retirantes, desesperançados da chuva que não virá mais aquele ano. Foi em torno dessa saga que Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira criaram uma música que se tornou clássica, com sua doce, estranha e triste melodia. A introdução instrumental é uma inteligente adaptação dos "intróitos" da viola caipira, passados para os registros agudos da sanfona (a introdução foi "inventada" por Lua). São inúmeras as gravações nacionais e estrangeiras desse popularíssimo baião.
[Nova História da Música Popular Brasileira –Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira , fascicolo + disco, Abril Cultural, seconda edizione, 1978]


Per saperne di più troverete degli approfondimenti nei link qui sotto:

100 CANÇÕES ESSENCIAIS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA dalla rivista BRAVO! nel suo numero speciale dedicato, appunto, alle 100 canzoni essenziali della MPB, pubblicato nel maggio 2008;

dalla stessa rivista una breve riflessione su Luiz Gonzaga: OS ACORDES DO SANFONEIRO