Uma canção desnaturada

Chico BuarqueFrancisco Buarque de Hollanda. Rio de Janeiro. 19/6/1944.
  (voz)

MarleneVitória Bonaiutti de Martino. São Paulo, 18/11/1924.
  (voz)

Francis Hime [*]Francis Victor Walter Hime. Rio de Janeiro, 31/8/1939.
  (pianoforte, arranjo, regência)

Sérgio Carvalho [*]
  (pianoforte, produtor)

NovelliDjair de Barros e Silv. Recife, 20/01/1945
  (baixo elétrico)

Giancarlo Pareschi [orchestra]
  (violino spalla)

José Alves da Silva [orchestra]
  (violino)

Alvaro Vetere [orchestra]
  (violino)

André Charles Guetta [orchestra]
  (violino)

Bailon Francisco Pinto [orchestra]
  (violino)

Carlos Eduardo Hack [orchestra]
  (violino)

João Daltro de Almeida [orchestra]
  (violino)

Jorge Faini [orchestra]
  (violino)

José Dias de Lama [orchestra]anche: de Lana
  (violino)

Luiz Carlos Campos Marques [orchestra]
  (violino)

Ernani Bordinhão [orchestra]
  (violino)

Marcelo Pompeu Filho [orchestra]
  (violino)

Natércia Teixeira Silva [orchestra]
  (violino)

Alberto Arnaud [orchestra]
  (violino)

Walter Hack [orchestra]
  (violino)

Virgilio Arraes Filho [orchestra]
  (violino)

Arlindo Figueiredo Penteado [orchestra]
  (viola de arco)

Frederick Stephan(y) [orchestra]
  (viola de arco)

Eduardo Pereira [orchestra]
  (viola de arco)

Gerson Flinkas [orchestra]
  (viola de arco)

Alceu de Almeida Reis [orchestra]Rio de Janeiro, 1946.
  (cello [violoncello])

Ana Bezerra [orchestra]
  (cello [violoncello])

Giorgio Bariola [orchestra]
  (cello [violoncello])

Jorge Kundert [Iura] Ranevsky [orchestra]
  (cello [violoncello])

Edson Lobo [orchestra]
  (contrabaixo)

Sandrino Santoro [orchestra]
  (contrabaixo)

Octávio Bonfá Burnier [*]Luiz Octavio Bonfá Burnier, aka Tavynho/Tavinho Bonfá. Rio de Janeiro. 28/07/1952
  (violão)

Neco [*]Daudeth Azevedo. Rio de Janeiro, 23/09/1932 - Rio de Janeiro, ?/08/2009
  (violão)

Geraldinho [*]
  (violão)

Nélson Ángelo [*]Nelson Angelo Cavalcanti Martins. Belo Horizonte (MG), 15/06/1949
  (violão)

Dino 7 cordasHorondino José da Silva. Rio de Janeiro, 5/05/1918 - 27/05/200
  (violão 7 cordas)


Músicos não especificados por faixa na ficha técnica do disco.
Como há mais de um músico tocando o mesmo instrumento fica impossível saber qual dele está tocando em cada faixa e então é escolhido aqui trazer de volta todos os músicos interessados, marcando-os com [*].
Infelizmente, Duran e Vitória ficam sabendo que Teresinha, a filha única, a princesinha do lar, fugiu do lar para se casar com o esteliconatário, muambeiro e inimigo público nà 1, Max Overseas. Daí o casal amaldiçoa a filha com uma canção desnaturada.


Por que creceste, curuminha
Assim depressa, e estabanada
Saíste maquilada
Dentro do meu vestido
Se fosse permitido
Eu revertia o tempo
Pra reviver a tempo
De poder

Te ver as pernas bambas, curuminha
Batendo com a moleira
Te emporcalhando inteira
E eu te negar meu colo
Recuperar as noites, curuminha
Que atravessei em claro
Ignorar teu choro
E cuidar só de mim

Deixar-te arder em febre, curuminha
Cinquenta graus, tossir, bater o queixo
Vestir-te com desleixo
Tratar uma ama-seca
Quebrar tua boneca, curuminha
Raspar os teus cabelos
E ir te exibindo pelos
Botequins

Tornar azeite o leite
Do peito que mirraste
No chão que engatinhaste, salpicar
Mil cacos de vidro
Pelo cordão perdido
Te recolher pra sempre
À escuridão do ventre, curuminha
De onde não deverias
Nunca ter saído



1979 © by Cara Nova Editora Musical Ltda. Av. Rebouças, 1700 CEP 057402-200 - São Paulo - SP Todos os direitos reservados. Copyright Internacional Assegurado. Impresso no Brasil
Sfortunatamente, Duran e Vitória vengono a sapere che Teresinha, l'unica figlia, la principessina del focolare , è scappata di casa per maritarsi con il reo di stellionato, contrabbandiere e nemico pubblico n. 1, Max Overseas. Pertanto la coppia maledice la figlia con una canzone snaturata


Perché sei cresciuta, mia bambina
Così rapidamente, disordinatamente
Sei uscita truccata
Con un mio vestito
Se fosse permesso
Invertirei il tempo
Per riviere in tempo
Per potere

Vederti con le gambe instabili, mia bambina
Sbattere con la testa
Sporcarti tutta
Ed io che ti nego il mio grembo
Recuperare le notti, bambina
Che ho passato in bianco
Ignorare il tuo pianto
E pensare solo a me

Lasciarti ardere dalla febbre, mia bambina
Cinquanta gradi, tosse, battere il mento
Vestirti senza cura
Affidarti ad una governante
Rompere la tua bambola, mia bambina
Spazzolarti i capelli
Ed esibirti
Nelle osterie

Trasformare il latte in olio
Del petto che hai prosciugato
Sul suolo in cui andavi a gattoni, spargere
Mille cocci di vetro
Sul cordone perduto
Accoglierti per sempre
Dall'oscurità del ventre, mia bambina
Da dove non avresti dovuto
Essere mai uscita



Traduzione di Bruno Persico
© Copyright Musibrasil 2003-2005. Tutti i diritti riservati. Todos os direitos reservados
La traduzione fa parte di un più ampio lavoro dal titolo Vita da malandro.