A desivenção do som - Leituras dialógicas do tropicalismo
Paulo Eduardo Lopes

Copertina
Edito nel:

1999
Editore/Produttore:

Pontes Editores
Campinas - SP
Formato:
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Note:
[dal sito dell'autore - http://paulo-lopes.sites.uol.com.br]
    In questo studio ho cercato di realizzare una lettura semiotica del dialogo veemente instauratosi tra le varie tendenze che segnarono la música popular brasileira nel decennio dei 60, avendo come centro di osservazione le canzoni del movimento tropicalista e come sfondo la rottura estetica ed etica rappresentata dalla bossa nova.

    I riferimenti teorici di partenza sono le proposte formulate da Mikhail Bakhtin, che vedeva nel discorso una unità di natura costitutivamente dialogica. Negli ultimi decenni la sua opera è stata riscoperta e diffusa, guadagnando nuove direzioni nei lavori di autori quali Julia Kristeva, Oswald Ducrot e Dominique Maingueneau, tra gli altri. Posto nel quadro della teoria semiotica del discorso, di ispirazione greimasiana, percorro una parte della traiettoria suggerita dal concetto del dialogismo, tentando di localizzare i punti in comune che questa (traiettoria) può avere in relazione al mio modello descrittivo. Con lo stesso intento, REVEJO alcuno dei testi di autori greimasiani (lo stesso A.J. Greimas, il gruppo del CADIR di Lyon,oltre a Joseph Courtés e Jacques Fontanille) al fine di scoprire il luogo teorico che hanno riservato a ciò che possiamo chiamare “dialogismo” in semiotica.

    Questo lavoro preliminare consegue da alcune affermazioni teoriche che (dall'astratto) verifico nella pratica mediante una serie di analisi di canzoni della jovem guarda (di Roberto Carlos, Erasmo Carlos e altri), della MPB (i cui principali esponenti furono Edu Lobo, Chico Buarque e Geraldo Vandré) e del tropicalismo (Caetano Veloso, Gilberto Gil e altri), con base nel modello del percorso generativo della significazione. Facendole “dialogare” con figure e temi discorsivi precedentemente definiti provo a ricostruire gli universi di riferimento che, si suppone, stanno all'origine degli atti enunciativi che producono i discorsi di ciascuna tendenza musicale.
NOTA DO AUTOR 09
APRESENTAÇÃO 11
PREFÁCIO 13
INTRODUÇÃO 15
O projeto de pesquisa 15
Plano de trabalho 21
Breve panorâmica do modelo greimasiano 24
I - CONTEXROS DE FORMULAÇÃO DO CONCEITO DE DIALOGISMO 35
1. Bakhtin e a intuição diálogica 35
2. Kristeva: o texto como infinito 46
3. A polifonia de Oswald Ducrot 58
4. Maringueneau: um vizinho da semiótica 61
II - A CONCEPÇÃO SEMIÓTICA DO DIALOGISMO 69
1. O projeto de Greimas 70
2. A operacionalização do conceito 76
2.1 - Os trabalhos de J. Courtés 77
2.2 - O model cognitivo de Fontanille 85
2.3 - Sémiotique des pasions: ampliando o alcance do modelo 90
3. Balanço: o quadro conceptual do dialogismo 95
3.1 - Resumo do percurso teórico 95
3.2 - Notas para uma definição semiótica do dialogismo discursivo 100
3.3 - Vislumbre das instâncias pressupostas do dialogismo 104
III - OS CAMINHOS DA CANÇÃO 111
1. Materia para a constitução do corpus 113
2. Linhas de análise 114
3. A configuração da "caminhada" 117
3.1 - As paráfrases do dicionário 117
3.2 - O percurso gerativo 120
3.2.1 - Nível das precondições 120
3.2.2 - Nível fundamental 122
3.2.3 - Nível narrativo 122
3.2.4 - Nível discursivo 124
4. A "caminhada" nas canções da jovem guarda 126
4.1 - As surpresas da vida 127
4.2 - Nem mesmo sei por que sou mau assim 134
5. A "caminhada" na MPB 145
5.1 - O amor morto motor da saudade 145
5.2 - Rodando o país inteiro 158
6. A "caminhada" em canções do tropicalismo 173
6.1 - No sol dos cinco sentidos 173
6.2 - Em Ipanema e no meu coração 179
7. Balanço 186
7.1 - O sujeto espistemológico da jovem guarda 188
7.2 - O sujeto espistemológico da MPB 190
7.3 - O sujeto espistemológico tropicalista 193
IV - ACORDES DISSONANTES 197
1. A configuração da "canção" 198
1.1 - O Aurélio, de novo 198
1.2 - A "canção" no percurso gerativo 200
1.2.1 - Nível das precondições 200
1.2.2 - Nível fundamental 200
1.2.3 - Nível narrativo 201
1.2.4 - Nível discursivo 202
2. A "canção" na jovem guarda 204
2.1 - Para nunca esquecer o nosso amor 205
2.2 - Aquelas cançães do Roberto 212
3. A "canção" na MPB 221
3.1 - Pra não ver a banda passar 221
3.2 - Prepare o seu coração 241
3.3 - Polifonia emepebista 257
4. A "canção" nos textos do tropicalismo 262
5. Diálogos 296
5.1 - Paradigma da "canção" jovemguardista 296
5.2 - Paradigma da "canção" emepebista nostálgica 299
5.3 - Paradigma da "canção" emepebista apostólica 302
5.4 - Paradigma da "canção" tropicalista 305
5.5 - Quadro comparativo da "canção" 307
5.6 - Visões de outro e de si mesmo 311
5.7 - Esboço de definição sintagmtica do sujeto tropicalista 327
5-7.1 - O percurso narrativo espistemológico 328
5.7.2 -A construção do objeto: Tropicália 332
Approfondimenti:
[dal sito dell'autore - http://paulo-lopes.sites.uol.com.br]
    Procurei nesse estudo realizar uma leitura semiótica do diálogo travado pelas diversas tendências que marcaram a música popular brasileira na década de 60, tendo como centro de perspectiva as canções do movimento tropicalista e como pano de fundo a ruptura estética e ética representada pela bossa nova.

    A referência teórica de partida são as propostas formuladas por Mikhail Bakhtin, que via no discurso uma unidade de natureza constitutivamente dialógica. Nas últimas décadas, sua obra vem sendo redescoberta e difundida, ganhando novos desdobramentos nos trabalhos de autores como Julia Kristeva, Oswald Ducrot e Dominique Maingueneau, entre diversos outros. Situado no quadro da teoria semiótica do discurso, de inspiração greimasiana, percorro um pouco da trajetória cumprida pelo conceito de dialogismo, tentando localizar os pontos em comum que ele possa ter em relação ao meu modelo descritivo. Com o mesmo intuito, revejo alguns dos textos de autores greimasianos (o próprio A.J. Greimas, o grupo do CADIR de Lyon, além de Joseph Courtés e Jacques Fontanille), para descobrir o lugar teórico por eles reservado ao que podemos chamar de "dialogismo" em semiótica.

    Esse trabalho preliminar resulta em algumas proposições teóricas, que levo à prática mediante uma série de análises das canções da jovem guarda (de Roberto, Erasmo Carlos e outros), da MPB (cujos principais expoentes foram Edu Lobo, Chico Buarque e Geraldo Vandré) e do tropicalismo (Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros), com base no modelo do percurso gerativo da significação. Ao fazê-las "dialogar" sobre figuras e temas discursivos previamente definidos, busco reconstruir os universos de referência que, supõe-se, estão na origem dos atos enunciativos que produzem os discursos de cada tendência musical.

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