| Durata: 01:22:00 Classificazione: POP
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MPB 1o disco / A. Registraz. 2005 Pubblicato nel: 2005 Etichetta / CODICE: QUITANDA
QUI 006
QUITANDA
QUI 006Formato: Note:
Documentario del regista francese Georges Gachot con interventi musicali tratti dallo show "Brasileirinho"
Tudo começou no Festival de Montreux, na Suíça, em 1998, quando o documentarista francês Georges Gachot, há 15 anos especialista em filmes sobre música clássica, foi a um show de Maria Bethânia pela primeira vez. A perplexidade diante do que viu, o “choque com a presença dela em cena, sua concentração incrível de emoção, seus pés nus”, segundo ele próprio, resultou na vontade imediata de fazer um documentário sobre a cantora. A imersão do cineasta num universo musical completamente desconhecido para ele, o de Bethânia, e por extensão o brasileiro, desaguou na sensibilidade crua de Maria Bethânia- Música é Perfume.
Decidido a fazer o filme, Gachot gastou cinco anos, de 1998 a 2003, num processo de pesquisa sobre a cantora e toda a história da música brasileira. O olhar estrangeiro e surpreso do cineasta confere ao filme um frescor, livrando-o de quaisquer chavões e ranço de repetição. Talvez o desconhecimento por parte de Gachot da carreira de Bethânia e da música brasileira seja uma explicação para a forma de desenvolvimento da narrativa: ele busca incessantemente a contextualização. Assim, Música é Perfume é, antes de mais nada, uma análise do processo criativo de Bethânia dentro da perspectiva do processo de formação da música popular brasileira. O filme traça um paralelo entre a vida da cantora e as transformações sociais ocorridas no Brasil.
O documentário é todo narrado pela própria Bethânia. Mais do que isso, sua voz nos conduz a uma viagem pelos vários sons e matizes que embalam e colorem o imenso mosaico humano-cultural que compõem a nação. Não à toa, as filmagens ocorrem durante a gravação do disco Que Falta Você me Faz, dedicado à obra de um dos mais brasileiros de nossos poetas, Vinicius de Moraes, e a turnê do show Brasileirinho, em que a cantora lança um olhar apaixonado sobre o Brasil, a partir de referências incondicionais da arte brasileira. Gachot procura representar Bethânia como a voz síntese de um povo que tem a música como alimento e analgésico, como uma forma de redenção para a miséria ancestral que o assola.
Para o diretor, o mais importante era mostrar de onde vinha a música de Bethânia. Por isso, o registro dos ensaios, que ratificam o total domínio que a cantora tem do seu ofício, e a ida a Santo Amaro, cidade natal de Bethânia: - Meu objetivo com o filme era pôr na tela a grandeza da música de Bethânia. Não quis que a história quebrasse a música. Quando as canções me davam a oportunidade, eu contava a história – disse.
Mas essas histórias também preenchem de humanidade a ode a uma estrela da canção. Além da própria Bethânia, que conta curiosidades de família (“Eu e Caetano adorávamos brincar de faquir quando crianças... Eu acho que foi a primeira aula de concentração que nós fizemos.”), há outros depoimentos que permeiam todo o filme, como o do irmão Caetano (que sugeriu o nome Maria Bethânia, inspirado na música homônima eternizada por Nelson Gonçalves), da mãe Dona Canô, dos amigos Chico Buarque, Nana Caymmi e Gilberto Gil, e também do fiel maestro Jaime Alem.
O título Música é Perfume vem de uma idéia da própria Bethânia. Para ela, “nada como um cheiro ou uma música para nos fazer sentir, viver, lembrar”. A confirmação de suas próprias palavras vem em seguida, ao ouvir sua interpretação de Melodia Sentimental, e se emocionar - a voz mora em mim, mas não sinto como se fosse minha. É uma expressão de Deus, uma fagulha – diz a cantora.
Não a sente como sua, porque pertence também a todos os “brasileirinhos”, aquela gente humilde que aparece na abertura do filme catando lixo e vendendo cerveja na praia de Ipanema, com Bethânia falando o texto Pátria Minha, de Vinicius, ao fundo. A voz de Bethânia é isso, é aquela que está presente em cada um de nós, a porção individual de fagulha divina. E, ao mesmo tempo, é expressão humana e síntese de todo um país. Música é Perfume capta a simbiose única entre uma voz e um país, até que não se saiba mais onde termina um e começa o outro.
Nos extras, cenas de Bethânia em estúdio cantando músicas como Gente Humilde, Nature Boy, Lamento no Morro, Eu não existo sem você e A Felicidade. E ainda, depoimentos de Suzana De Moraes, Caetano Veloso, Moogie Canázio, Miúcha e Chico Buarque.
Sidimir Sanches |
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| 1 |
Patria minha
(Vinicius de Moraes)
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Gente humilde
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda, Vinicius de Moraes, Garóto)
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| 3 |
Você vai ficar na saudade
(Benito di Paula)
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| 4 |
Estranho olhar
(Capinan, Roberto Mendes)
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| 5 |
Bom dia tristeza
(Vinicius de Moraes, Adoniran Barbosa)
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| 6 |
Lamento no morro
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 7 |
Tarde em Itapoã
(Vinicius de Moraes, Toquinho)
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| 8 |
Salve as folhas
(Ildásio Tavares, Santana Geronimo Duarte)
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| 9 |
Ya Ya Massemba
(Capinan, Roberto Mendes)
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| 10 |
Se todos fossem iguais a você
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 11 |
Maria Bethânia
(Capiba)
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| 12 |
O que tinha de ser
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 13 |
Luar do sertão
(Catulo da Paixão Cearense, João Pernambuco)
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| 14 |
Bachianas brasileiras no. 5
(Heitor Villa-Lobos)
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| 15 |
Motriz
(Caetano Veloso)
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| 16 |
Purificar o subaé
(Caetano Veloso)
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| 17 |
Cantiga para Janaina
(Dominio Pubblico)
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| 18 |
Estrela do mar
(Marino Pinto, Paulo Soledade)
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| 19 |
As pastorinhas
(Noel Rosa, João De Barro [Braguinha])
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| 20 |
Olhos nos olhos
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda)
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Olhos nos olhos
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda)
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| 21 |
Samba de benção
(Vinicius de Moraes, Baden Powell)
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| 22 |
Mulher sempre mulher
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 23 |
Rio de Janeiro (Isto é meu Brasil)
(Ary Barroso)
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| 24 |
Cabocla Jurema
(Dominio Pubblico)
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| 25 |
João Valentão
(Dorival Caymmi)
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| 26 |
Sussuarana
(Luiz Peixoto, Heikel Tavares)
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| 27 |
Teresinha
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda)
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| 28 |
Medo de amar
(Vinicius de Moraes)
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| 29 |
O meu amor
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda)
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| 30 |
Negue
(Adelino Moreira, Enzo de Almeida Passos)
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| 31 |
Melodia sentimental
(Heitor Villa-Lobos, Dora Vasconcelos)
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| 32 |
EXTRA - CANÇÕES: Gente humilde
(Francisco "Chico" Buarque de Hollanda, Vinicius de Moraes)
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| 33 |
EXTRA - CANÇÕES: Nature Boy
(eden ahbez, versão de Caetano Veloso)
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| 34 |
EXTRA - CANÇÕES: Lamento no morro
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 35 |
EXTRA - CANÇÕES: O que tinha de ser
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 36 |
EXTRA - CANÇÕES: A felicidade
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 37 |
EXTRA - CANÇÕES: Eu não existo sem você
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)
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| 38 |
EXTRA - CANÇÕES: Sensível demais
(José Augusto)
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| 39 |
EXTRA - CANÇÕES: Tarde em Itapoã
(Vinicius de Moraes, Toquinho)
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| 40 |
EXTRA - REFLEXÕES SOBRE BETHÂNIA |
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| 41 |
Caetano Veloso |
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| 42 |
Chico Buarque |
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| 43 |
Miúcha |
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| 44 |
Susana de Moraes |
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| 45 |
Moogie Canazio |
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