Edito nel: 2004
Editore/Produttore: Editora Garamond Rio de Janeiro
Formato: Note: [dal sito dell'editrice] Este livro presta homenagem a Chico Buarque de Hollanda nos seus 60 anos. Ensaístas, jornalistas, ficcionistas e poetas e estudiosos interpretam as canções, o teatro e a ficção deste artista, um dos mais representativos da cultura brasileira contemporânea.
Na seção inicial, os depoimentos de Augusto Boal, Aquiles (MPB-4), Chico César, Frei Betto, Gerald Thomas, Marcelo Brum-Lemos e Silvio Rodríguez revelam o apreço que estes músicos e compositores, como todos os sensíveis e comprometidos com a dignidade da vida, têm pelo autor de Apesar de você.
Na segunda seção estão os jornalistas e escritores. Carlos Ribeiro avalia a diferença entre o ficcionista e o compositor Chico Buarque. Chico Alencar bate bola com os versos do compositor, em texto agradável e lúdico. José Castello, enfocando a questão do duplo e/ou do jogo de imagens, volta-se para o estupendo romance Benjamim. Leonardo Boff, consistente e comovente, interpreta Gente humilde e Deus lhe pague à luz do humanismo cristão. Maria Alzira Brum Lemos celebra as canções com que o autor de Vai passar soube nos traduzir; Moacyr Scliar defende que Chico fica em primeiro plano na geração 60. Nelson de Oliveira, em mais um de seus anseios crípticos, traz sua apreciação do Estorvo. Regina Zappa (autora de Chico Buarque: para todos, (biografia autorizada do compositor-escritor), soletra, em crônica, algumas das vertigens que atacam o artista. Rogério Pereira, atento aos personagens, ao movimento contínuo entre os tempos e as buscas deles, trilha os três romances de Chico. Suênio Campos de Lucena aplaude o criador atípico, que acerta (com folga) em praticamente tudo o que faz.
Na terceira seção, os poetas José Nêumanne Pinto, Ricardo Soares, Sérgio de Castro Pinto e Thereza Christina Motta revisitam "A Banda".
Na quarta seção, a mais ampla do livro, ensaios produzidos por estudiosos traduzem a obra poética de Chico Buarque. Adélia Bezerra de Meneses (autora de dois dos principais estudos sobre a poesia de Chico Desenho mágico: poesia e política em Chico Buarque e Figuras do feminino na canção de Chico Buarque) faz uma reflexão rica acerca do tempo e de alguns aspectos do ritmo poético tendo como base a canção Tempo e artista. Amador Ribeiro Neto esmiúça o CD As cidades. Anazildo Vasconcelos da Silva com a autoridade de quem foi um dos primeiros acadêmicos a se deter na obra de Chico define o conteúdo da canção de protesto e a forma do protesto na canção de Chico. Antonio Carlos Secchin verte e inverte o texto de As vitrines. Arturo Gouveia lê a astúcia na ação e a argúcia na elaboração da Ópera do malandro. Cecilia Almeida Salles adentra o ambiente duvidoso ou incerto do Estorvo, esse verdadeiro romance hipotético. Charles A. Perrone, M. Elizabeth Ginway e Ataíde Tartari, em texto conjunto, passeiam por certas canções e brindam nos bosques da ficção e do teatro buarqueanos. Diógenes André Vieira Maciel esquadrinha Roda viva, Calabar, Gota d'água e Ópera do malandro. Gustavo Conde, entre sério e sorridente, situa bem o humor na canção de Chico; João Batista de Brito examina as relações de Chico com o cinema. Júlio Cesar Valladão Diniz, analista da indústria fonográfica, interessa-se sobretudo pelo dono da voz ou pela “voz que virou mercadoria”. Luciana Eleonora de Freitas Calado investiga as inversões semânticas, a carnavalização nas composições de Chico. Luís Augusto Fischer discute primeiro as representações de Iracema na cultura brasileira (Alencar, Adoniran Barbosa), para em seguida situar o drama da migração em Iracema voou. Luiz Antonio Mousinho Magalhães comenta as crônicas de Clarice Lispector que se referem a Chico e que saíram, entre 1967 e 1973, no Jornal do Brasil. Luiz Tatit aborda Pedaço de mim. Mário Chamie enfatiza a presença em Construção de certas proposições da sua Poesia Práxis. Nelson Barros da Costa, entre outras coisas, busca o conceito de MPB e tenta estabelecer o posicionamento ou a vertente estético-ideológica do cancionista Chico. Pedro Meira Monteiro, convergente, vê passagens do historiador Sérgio Buarque ressoando no ficcionista Chico Buarque. Regina Zilberman avalia a alegoria e indica a atualidade da novela Fazenda modelo. Sônia L. Ramalho de Farias desata e ata a narrativa de Budapeste.
Rinaldo de Fernandes, organizador do volume, comparece com o ensaio Mulheres de Atenas, em que aborda a condição da mulher e/ou da esposa na Grécia antiga, vendo a canção de Chico/Boal como uma metáfora da submissão feminina, não só no mundo grego, mas no próprio Ocidente.
Dois textos foram transcritos de livros anteriores Chico Buarque: a música contra o silêncio, de Affonso Romano de Sant'Anna, que se encontra em Música popular e moderna poesia brasileira; e Chico Buarque ‘O que não tem censura nem nunca terá' de Tárik de Souza, que consta de O som nosso de cada dia. |
|
Chico, o pássaro (Rinaldo de Fernandes) |
13 | Louvação (Antonio Candido) |
19 | Autor cruza abismo e chega ao outro lado (José Saramago) |
21 | A TRAJETÓRIA DE CHICO |
| Cronologia |
25 | DEPOIMENTOS EXCLUSIVOS |
| Chico (Augusto Boal) |
45 | Ora, me perguntas quem é Chico Buarque?! (Aquiles Rique Reis) |
47 | Nós amamos Chico Buarque… (Chico César) |
49 | Chico, silêncio e palavra (Frei Betto) |
53 | Chico Buarque é pra mim… (Gerald Thomas) |
55 | Como adjetivar Chico Buarque? (Marcelo Brum-Lemos) |
57 | Chico Buarque es un gran artista… (Silvio Rodrígues) |
59 | JORNALISTAS E ESCRITORES |
| Romance do simulacro (Carlos Ribeiro) |
63 | Luz, quero luz! |
67 | O carrossel luminoso (José Castello) |
73 | Chico Buarque e a cultura humanista e cristã (Leonardo Boff) |
83 | As cançes que voc fez pra ns (Maria Alzira Brum-Lemos) |
95 | A celebraço de gente humilde (Moacyr Scliar) |
99 | Liquilificador estorvado (Nelson de Oliveira) |
101 | Vertigem (Regina Zappa) |
107 | Movimentos no vasto campo das dúvidas (Rogério Pereira) |
111 | Chico Buarque e a diversidade (Suênio Campos de Lucena) |
117 | Chico Buarque: "O que não tem censura nem nunca terê" (Tarik de Souza) |
121 | POEMAS BASEADOS EM "A BANDA" |
| Estava à toa na vida (José Nêumanne Pinto) |
133 | Banda remota (Ricardo Soares) |
137 | Duas bandas (Sérgio de Castro Pinto) |
141 | Quando a banda passou (Thereza Christina Motta) |
143 | ENSAISTAS |
| Tempo: tempos (Adélia Bezerra de Meneses) |
147 | Chico Buarque: a música contra o silêncio (Affonso Romano de Sant'Anna) |
161 | As cidades (Amador Ribeiro Neto) |
167 | O protesto na canção de Chico Buarque (Anazildo Vasconcelos da Silva) |
173 | "As vitrines": a poesia no chão (Antonio Carlos Secchin) |
179 | A malandragen estrutural (Arturo Gouveia) |
187 | A literatura do Estorvo (Cecilia Almeida Salles) |
205 | Chico so a ótica internacional (Charles A. Perrone, M. Elizabeth Ginway, Ataíde Tartari) |
211 | O teatro de Chico Buarque (Diógenes André Vieira Maciel) |
229 | Do riso cancionista em Chico Buarque (Gustavo Conde) |
243 | Chico Buarque no cinema (João Batista de Brito) |
251 | A voz e seu dono: poética e metapoética na canção de Chico Buarque de Hollanda (Júlio Cesar Valladão Diniz) |
259 | Carnavalização no cancioneiro de Chico Buarque (Luciana Eleonora de Freitas Calado) |
273 | A Iracema de Chico (Luis Augusto Fischer) |
285 | Clarice Lispector fã de Chico Buarque (Luiz Antonio Mousinho Magalhães) |
297 | Tensões da dor (Luiz Tatit) |
305 | A práxis de "Construção" (Mário Chamie) |
313 | Num fiapo de tempo: Chico, Sérgio e Benjamin (Pedro Meira Monteiro) |
351 | Não é conversa mole pra boi dormir - Fazenda modelo, novela pecuária (Regina Zilberman) |
363 | Conformadas e recolhidas: análise de "Mulheres de Atenas" (Rinaldo de Fernandes) |
371 | Budapeste: as fraturas identitárias da ficção (Sônia L. Ramalho de Farias) |
387 | ANEXOS |
| Obras de Chico Buarque |
411 | Obras sobre Chico Buarque |
415 | Sobre os colaboradores |
421 | Sobre o organizador |
429 |
|